dieta hipocalorica
Exercício físico e dieta hipocalórica para o paciente obeso: vantagens e desvantagens
Ivani Credidio Trombetta
Resumo
O aumento da prevalência global da obesidade resulta da combinação de suscetibilidade genética com fatores ambientais. O tratamento não-farmacológico da obesidade através de dieta hipocalórica com baixa quantidade em gorduras, associada à atividade física regular, constitui a base do tratamento para diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares em indivíduos obesos. A dieta hipocalórica produz um equilíbrio energético negativo expressivo, com efetiva redução do peso corporal, enquanto o exercício físico adiciona um déficit calórico sinérgico, potencializando a redução do peso corporal.
No entanto, os principais efeitos do treinamento físico se referem às adaptações metabólicas que favorecem o controle dos fatores de risco de doença cardiovascular. A prática regular de exercício físico nos programas de emagrecimento pode levar à preservação de massa magra e conseqüente manutenção do metabolismo de repouso.
Concluindo, a perda de peso alcançada pela dieta isoladamente leva à melhoria de todo o quadro patológico associado à obesidade, porém, os benefícios adicionais obtidos com a inclusão de um programa de exercícios podem favorecer o controle metabólico, facilitando a manutenção da perda de peso.
Palavras-chave: Treinamento físico; Dieta hipocalórica; Obesidade.
Recebido: 11/04/03 – Aceito: 05/05/03
Introdução
O aumento da prevalência global da obesidade nos países desenvolvidos e em desenvolvimento resulta da combinação de suscetibilidade genética com fatores ambientais 1.
Entre os fatores ambientais, a abundância de alimentos palatáveis de baixo custo é, indubitavelmente, uma
Rev Bras Hipertens 10: 130-133, 2003
das causas que mais contribui para a epidemia. Outro consenso da causa do aumento da obesidade no mundo é o consumo de grande proporção de calorias derivadas da gordura 2 , associado a um estilo de vida sedentário3,4. Apesar