DIDATICA
Paula Ignacio A Didática, antes dos sofistas, não era conhecida pelos homens. Ela tinha outras características, menos formais e artificiais, voltadas para a prática da vida cotidiana, dava-se de maneira natural. No entanto, na Magna Grécia, a vida social, cultural e política adquiriu uma nova maneira de se dar: a Palavra como o centro do Poder. Quem tinha a melhor oratória e retórica podia ser ouvido, e a educação acontecia dessa forma. Esse poder era concebido somente aos cidadãos (somente homens e nascidos nas cidades, como Atenaspor exemplo). Havia muitos grupos que não possuíam direitos políticos, esses não tinham o poder da palavra. Por causa disso, os discursos passaram a ser de extrema importância e surgiram os sofistas, que de certa maneira transformaram a educação em uma espécie de tutoria, onde aquele que tinha o poder da palavra ensinava aos outros cidadãos. Esse processo transformou a educação, que antes se dava de maneira natural, em algo artificializado, pois aqueles que não tinham poder procuravam aqueles que possuíam o dom da palavra e da oratória para receberem instruções. Quanto aos sofistas, suas técnicas de ensino se baseavam em contraposições de argumentos afirmativos e negativos, da lógica, exercícios de memória, formulações de conceitos e argumentos, a palavra passou a ser mais importante do que o que a vida natural mostrava. Surgiu o processo científico tal como conhecemos hoje, uma tentativa de domínio da natureza, e não mais de convívio com ela. O homem passou a se enxergar como algo separado da natureza. Assim, a educação por meio de um homem que detém sabedoria e o poder da palavra surgiu e permaneceu por muitos séculos. A figura do Tutor ou preceptor era comum e o centro da educação até a Idade Média. No entanto, poucas eram as pessoas educadas por preceptores. Somente os ricos e religiosos tinham acesso a Educação.