DIARREIA AGUDA
Na prática, o paciente e o médico pensam em diarréia quando há um maior número de evacuações, acompanhado de fezes de consistência diminuída, disformes, pastosas ou líquidas.
Diarréia ocorre quando aumenta a proporção de água contida nas fezes, o que aumenta o peso fecal diário eliminado para mais que 250 g. O normal não ultrapassaria 200 g, tecnicamente falando.
A urgência evacuatória, a incapacidade de segurar as fezes (incontinência) e múltiplas evacuações poderiam ser referidas erroneamente como diarréia, mas podem acontecer com consistência fecal normal.
O termo diarréia aguda refere-se ao início súbito e à duração menor que três semanas, a grande maioria resolvendo-se em menos de três a cinco dias.
Os intestinos são responsáveis por absorver os líquidos que tomamos, os que estão naturalmente contidos nos alimentos (1-2 litros/dia) e aqueles produzidos pelo próprio aparelho digestivo (7 litros/dia). Esses são as secreções como a saliva, o suco do estômago, a bile do fígado, o suco do pâncreas e os líquidos liberados pelas células que forram os intestinos (da mucosa). Do total produzido, até 9 litros por dia, os intestinos reabsorvem tudo, exceto 100 a 200 ml eliminados com as fezes.
A maior parte das diarréias agudas é causada por vírus, bactérias ou parasitas.
Há germes produtores de toxinas que alteram o funcionamento intestinal.
Mais que os micróbios, as toxinas diminuem a absorção de líquidos pelo intestino ou estimulam sua perda para a luz intestinal. De todo o modo, o resultado é a perda excessiva através das fezes, demonstrado por diarréia.
Alguns microorganismos invadem a mucosa, causando lesões com secreção de sangue, muco ("catarro") e pus. Isso caracteriza o que chamamos de disenteria, um tipo particular de diarréia.
Além dos germes, certas substâncias alteram a absorção e/ou a secreção intestinal, como vários laxantes ou efeitos adversos de medicamentos, que se traduzem por diarréia.
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