Diamante azul
O desenvolvimento urbano é uma da maiores causas da degradação dos mananciais. Os loteamentos clandestinos, não podendo ser atendidos pela infra-estrutura básica de saneamento, acabam despejando seus esgotos nos mananciais, trazendo materiais orgânicos, coliformes e agrotóxicos de plantações próximas dos mananciais. Desta forma, não só a qualidade mas a possibilidade de uso destas águas, ficam cada vez mais prejudicadas. Além disso, os recursos hídricos estão sendo comprometidos por desequilíbrios ambientais resultantes do desmatamento e uso indevido do solo.
O crescimento populacional em áreas de mananciais gera a impermeabilização do solo, remoção florestal, aumento de lançamento direto de lixo e esgoto e a localização de aterros sanitários em mananciais. Esta pressão traz como efeitos à qualidade da água o aumento da DBO, coliformes e outros contaminantes. Entre as empresas de saneamento do Brasil, o desenvolvimento urbano foi considerado o fator que mais afeta a conservação dos mananciais. A imagem mostra uma foto de satélite da Represa Billings onde se vê o avanço da urbanização (em tons avermelhados) sobre a área do manancial (as áreas negras).
Os fatores industriais acarretam a redução da disponibilidade da água e a competição pela água de boa qualidade para fins de abastecimento público e industrial, próximo a centros urbanos, competindo por um recurso com qualidade cada vez mais baixa.
Os problemas rurais são influenciados inicialmente pela ampliação da fronteira agrícola, onde o impacto caracteriza-se principalmente pela derrubada da mata. A magnitude do impacto relaciona-se ao uso e manejo do solo adotado pela prática agrícola. De maneira geral, a agricultura está degradando paulatinamente os recursos pela erosão do solo e o uso indiscriminado dos adubos nitrogenados e agrotóxicos, onde há a geração de agentes contaminantes na água. Estes fatores e seus efeitos não ocorrem de forma isolada, havendo