Dialética
A totalidade é a unidade do diverso. A totalidade é síntese de múltiplas determinações; é o inter-relacionamento das partes que constituem um ou o todo, no qual estas partes modificam e são modificadas simultaneamente e constantemente. Segundo o autor, para captar a dialética do todo é preciso reconhecer primeiro que o todo é composto de múltiplas partes que se interligam e se influenciam. A totalidade não é simplesmente a soma das partes, mas o processo de inter-relação entre elas num movimento constante ou permanente de envolvimento entre as partes. “É preciso reconhecer ainda que o todo só se transforma e se modifica após um acúmulo de mudanças nas partes que o compõem”. Konder diz que não há como ter certeza do uso correto da totalidade para essa ou aquela situação. Não no campo puramente teórico. A teoria é necessária e ajuda muito, mas por si só não fornece os critérios suficientes para assegurar acertos. Depende-se da prática e especialmente da prática social, para verificar o maior ou menor acerto do trabalho com os conceitos (e com as totalizações). Um exemplo: Se eu afirmar que a Presidenta Dilma foi reeleita somente pelos votos dos mais pobres, eu estou olhando para o total, e isso pode me levar ao erro. Preciso saber quantos votaram de onde veio a maioria dos votos, qual a porcentagem de votos nos Estados mais ricos, em quantos Estados mais ricos ela ganhou do adversário. Partindo dessa análise eu vou poder fazer uma avaliação mais precisa se realmente só povo carente votou na Dilma ou não, a sua reeleição partiu de uma vontade de mais da metade da população do Brasil. Portanto ricos e pobres votaram nela com as devidas proporções. Vai-se do mais complexo (ainda abstrato) ao mais simples e feito o retorno do mais simples ao mais complexo (já concreto), a expressão população passa a ter um