diagnostico social com roteiro com enfoque na educação
A motivação para escrever este artigo parte da nossa condição de professoras e, mais precisamente, de supervisoras pedagógicas e assistentes sociais que, no cotidiano profissional, assumem a atribuição da supervisão de estagiários de Serviço Social. Como tal, surge a necessidade de responder às demandas dos alunos a respeito da instrumentalidade como elemento fundamental no processo de formação profissional. A produção textual que trata da especificidade da dimensão técnico-operativa (e em especial sobre entrevista) vem sendo preterida, se comparada com aquelas que tratam das especificidades da dimensão teóricometodológica e ético-política. O conhecimento a este respeito vem se reproduzindo em grande parte pela tradição oral, ou pela consulta na produção de outras áreas do saber. Desse modo, torna-se relevante retomar a temática sobre entrevista, entendendo-a como um dos instrumentos que, dialeticamente articulado aos demais, vai compor a palheta do instrumental que viabiliza a operacionalização nos processos de trabalho do assistente social.
O contexto da entrevista no Serviço Social A entrevista constitui-se em instrumento de trabalho do assistente social pelas requisições e atribuições assumidas desde os primórdios da profissão. Mary Richmond (1950), em sua obra Diagnóstico Social, referia que através dela o assistente social faria o diagnóstico social. Referia-se, naquela época, à entrevista inicial como uma “conversa inicial”. Considerava-a um procedimento difícil, por entender que era naquele encontro que se estabeleciam as bases do “entendimento mútuo” e da obtenção dos fios que orientariam o trabalho até alcançar a avaliação, que ela denominava como “juízo final”. Recomendava a autora que, na primeira entrevista, fossem observados os seus objetivos e lembrava que, naquele momento, a assistente social deveria ser “delicada”, “paciente”, e escutar largamente o “necessitado”.
2 Etapas da entrevista
A entrevista, como outros instrumentos,