Diabolização da mulher
Da Virgem Maria à Caça as Bruxas
Ao longo da história, as atitudes masculinas em relação à mulher, "segundo sexo" sempre foi contraditória oscilando da atração a repulsa, da admiração à hostilidade, do judaísmo bíblico e o classicismo grego demostram regularmente esses sentimentos. De início a deusa da fecundidade, "mãe de seios fiéis", e imagem da natureza inesgotável torna-se com Atenas a divina sabedoria, com a Virgem Maria o canal de toda graças e bondade suprema. Essa veneração do homem pela mulher foi contrabalançando ao longo das eras pelo medo que se sentiu do outro sexo, especialmente nas sociedades de estruturas patriarcais. Venenosa e enganadora a mulher foi acusada pelo outro sexo de ter introduzido na terra o pecado, a desgraça, a morte; Pandora grega ou Eva judaica, ela cometeu a falta original ao abrir a urna que continha todos os males ou ao comer o fruto proibido. O homem procurou um responsável para o seu sofrimento, pela perda do paraíso terrestre e encontrou a mulher. O medo da mulher não foi uma invenção dos cristãos, mas é verdade que cedo o integrou em seguida o incentivou. A mulher dentro do cristianismo, com influencias da cultura judaica, sempre teve bem nítido o seu papel social, e suas diferenças em relação ao homem. “Como viemos no relato da criação (Genesis 2:7) “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o folego da vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Gênesis 2:22)” e da costela que o Senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem...”. Deus tendo formado o homem primeiro e tirado de sua costela a mulher, fazendo-os imagem e semelhança, justificava a primazia, a superioridade masculina. Deixando a mulher excluída de algumas tarefas, como participar do culto no templo, sendo que a mulher era considerada a introdutora do pecado. Porém Jesus ao ser indagado pelos fariseus se é permitido repudiar sua mulher por qualquer motivo, Jesus