Diabetes mellitus tipo ii
A diabetes mellitus é uma doença de ordem mundial, que frequentemente acomete adultos, sendo que para o ano 2000 a estimativa foi de 171 milhões de novos casos. Calcula-se que esse número alcance, aproximadamente, 366 milhões até 2030. A população urbana, mais afetada por essa patologia, deverá dobrar em países em desenvolvimento entre 2000 e 2030. No Brasil, se acredita que esse número alcance 11,3 milhões de pessoas et al ¹.
A DM é considerada uma doença crônica, que se caracteriza pelo aumento da glicose na circulação sanguínea (hiperglicemia). Esse aumento ocorre porque a insulina, hormônio responsável pela absorção da glicose pelas células, deixa de ser produzida pelo pâncreas (DM tipo 1), ou então, não é produzida de forma suficiente ou de forma não adequada, como ocorre na DM tipo 2 ¹. Além da hiperglicemia crônica, ocasionada por esta insuficiência, anormalidades no metabolismo de lipídios, são observadas frequentemente em diabéticos tipo 2 ². No DM uma glicemia mais elevada promove maior risco para complicações, como: retinopatia, nefropatia, doenças cardiovasculares, e um controle glicêmico mais rigoroso cursam com menos complicações crônicas. São vários os critérios diagnósticos para DM, pacientes com glicemia > 200 mg/dl, após 2 horas de sobrecarga com 75g de glicose, apresentam riscos elevados. Na glicose, durante jejum, valores acima de 126mg/dl indica suspeita de diabetes, essa mesma média repetida em diferentes ocasiões pode confirmar a doença. Apesar de boa especificidade, a glicemia de jejum tem baixa sensibilidade para constatar ou descartar DM, ou seja, uma glicemia de jejum normal não é suficiente para afastar o diagnóstico de diabetes, sendo, muitas vezes, necessário realizar o teste de sobrecarga ³. A baixa frequência de alimentos ricos em fibras e aumento da proporção de gorduras saturadas e açucares na dieta, associado a um estilo de vida sedentário compõem os principais fatores etiológicos de DM tipo