Dia triste
Meu dia na escola foi normal, cheguei em casa e não o vi, mas não me preocupei pois ele era acostumado sair para passear. Quando deu às três horas comecei a ficar preocupada, pois ele não tinha voltado. Às cinco e meia, horário que meu irmão caçula chega da escola, pedi para que ele fosse procurar o Leãozinho. Passaram-se alguns minutos e meu irmão chegou chorando, perguntei o que havia acontecido, ele chorando respondeu: “O Leãozinho moo – ree- u...”
Entrei em desespero, não sabia o que fazer, ou melhor, como reagir... Apenas chorava.
Como um filme, várias senas se passaram pela minha cabeça... Eram as perdas da minha vida... Entes queridos e meus animaizinhos de estimação que a morte nos separou. Por quê? Por quê? Essa era a minha pergunta. Meu avô, o ursinho, minha saudosa mãe, meu cachorro Half, e agora o leãozinho! É muito azar mesmo. Minha vida é uma merda, uma grande merda, há essa hora meu querido cachorro deve estar fedendo ao lado da rodovia, e assim termina minha história com um super cão, que adorava subir em cima do carro do meu irmão e riscar toda a lataria, que morria de medo de fogos de artifícios, que pulava o muro para correr atrás dos motoqueiros, que um dia quando pequeno escondeu-se dentro do guarda-roupa e ficou lá umas seis horas... Que quando eu chegava em casa abraçava as minhas perdas e limpava suas remelas em minha calça. Leãozinho eu te amava tanto... que dia péssimo, eu preciso viver bem mas assim ta difícil.