deísmo
Pensadores franceses desta época defendiam que os adeptos desta filosofia não tiveram a oportunidade de se tornar ateus, enquanto no século XIX outros filósofos do mesmo país afirmavam que os seguidores deste movimento nunca desejaram ser descrentes de Deus. Estes conceitos distintos revelam a polêmica em torno da definição concreta do Deísmo.
Pela lógica deste pensamento, que racionaliza a crença em Deus, não há necessidade de se institucionalizar a religião, ou seja, é dispensável a criação de cultos religiosos formais. Ao contrário do teísmo, que também afirma a existência do Criador, gerador de tudo que há, o Deísmo acredita que a interferência desta Divindade no mundo por ela produzido cessa exatamente neste momento. Ele lhe atribui leis que regerão a vida e seus mecanismos, depois deixa sua criação relegada às normas naturais instituídas por Ele; e, além disso, dispensa seus ritos de devoção.
Mas não há um consenso doutrinário nem mesmo entre os próprios deístas. Eles nem mesmo adotam uma doutrina exclusiva. É certo, porém, que eles substituem o conceito de ‘revelação divina’, os atributos dogmáticos e convencionais das religiões, pelo uso da razão, das experiências científicas, bem como pelo conhecimento das leis naturais. Deus, para os deístas, não é exatamente um ser antropomórfico, a quem são atribuídas as características humanas, tanto as físicas quanto as emocionais. Ele pode ser