Dez competências para ensinar
"As crianças nascem em uma cultura em que se clica, e o dever dos professores é inserir-se no universo de seus alunos.""Se a escola ministra um ensino que aparentemente não é mais útil para uso externo, corre um risco de desqualificação. Então, como vocês querem que as crianças tenham confiança nela?"Como não concordar? A escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC ou NTIC) transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de decidir, de pensar.
Pode-se lamentar que a defesa de novas tecnologias (Negroponte, 1995; Nora, 1997), enfaticamente retransmitida pelos meios de comunicação, incite com freqüência as pessoas abertas, mas não fanáticas, a juntar-se ao campo dos céticos. Toda palavra missionária irrita, sobretudo quando emana daqueles que têm todo interesse em fazer adeptos. É difícil, às vezes, distinguir as propostas lúcidas e desinteressadas dos modismos e das estratégias mercantis. Quem quer ter uma idéia do problema entra, na verdade, em um teatro onde a palavra é amplamente monopolizada pelos:- Vendedores de máquinas, de softwares ou de comunicação em busca de mercados, mas principalmente de influências;
- Políticos preocupados em não perder a virada informática e telemática, prontos para medidas espetaculares, por menos fundamento que tenham;
- Especialistas dos usos escolares das novas tecnologias, autores de softwares educativos, formadores em informática e outros gurus da Internet, que procuram obter a adesão de todos à informática, nos moldes da fé e da conversão.Para