Deus Vos Ama
A Partilha de África (português europeu) ou Partilha da África (português brasileiro), também conhecida como a Corrida a África ou ainda Disputa pela África, foi a proliferação de reivindicações europeias conflitantes ao território africano durante o período do Neo-imperialismo, entre a década de 1880 e a Primeira Guerra Mundial em 1914, que envolveu principalmente as nações da França e Reino Unido, embora também participasse do conflito a Itália, Bélgica, Alemanha, Portugal, Espanha e, em menor intensidade, Estados Unidos, este último participou da fundação da Libéria.
A segunda metade do século XIX, em torno do ano 1880, assistiu a transição do "Imperialismo informal", que exercia o controle através da influência militar e da dominação econômica para um domínio mais direto. As pretensões de mediar a concorrência imperial, tal como a Conferência de Berlim (1884 - 1885), entre o Reino Unido, França e Alemanha não pôde estabelecer definitivamente as reivindicações de cada uma das potências envolvidas. Essa disputa pela África esteve entre os principais fatores que deram origem à Primeira Guerra Mundial.
Abertura do Continente
A abertura da África à exploração ocidental havia começado no final do séc. XVIII. Até 1835, os europeus já haviam traçado mapas da parte do noroeste africano. Entre os exploradores europeus mais famosos estavam David Livingstone, quem traçou os planos do vasto interior, e Alexandre Serpa Pinto, quem a cruzou numa complicada expedição e traçou mapas de seu interior. Árduas expedições nas décadas de 1850 e 1860 por Richard Burton, John Speke e James Augustus Grant descobriram os grandes lagos centrais e a nascente do Rio Nilo. No final do século, os europeus haviam cartografado o Nilo desde seu nascimento, o percurso do Rio Niger, e o traçado dos rios Congo e Zambeze.
De qualquer maneira, logo no início dos conflitos pela posse da África, as nações ocidentais controlavam apenas 10% do continente. Em 1875 os territórios