Deus rei
Esta letra provém do grego Κ ou κ (kappa), adaptado por sua vez do kap ou kaf das línguas semitas, símbolo que representava uma mão aberta. Esta, por sua vez, com muita probabilidade teria sido adaptada pelos povos semitas que teriam vivido no Egito, a partir do hieróglifo que representa “mão”, representando o som de D para os egípcios, pois "mão" era pronunciada como d-r-t. Os semitas atribuíram-lhe o som /k/, pois o vocábulo que utilizavam para "mão" começava com esse som.
Este som semita de /k/ para esta letra foi mantido na maioria das línguas clássicas e modernas. Porém, quando as palavras provenientes do grego foram assimiladas pelo latim, o K foi convertido em C, embora o idioma já usasse o K para palavras provenientes do etrusco, como por exemplo kalendae, “o primeiro dia do mês”, que deu origem à palavra calendário. Algumas palavras de outros alfabetos foram também reescritas usando a letra C. É por essa razão que as línguas românicas utilizam o K apenas em casos muito particulares, como por exemplo em português as palavras viking, kantiano, karaté ou kart.
Em Portugal a letra K foi proscrita do alfabeto depois da revisão ortográfica de 1911.
No Brasil, o Formulário Ortográfico de 1943 aboliu a letra K do alfabeto, substituindo-a por c antes de a,o, ou u e qu antes de e ou i.
O Acordo Ortográfico de 1990 restaura a letra K no alfabeto português, sem contudo restaurar o seu uso prévio, que continuará restrito às abreviaturas, às palavras com origem estrangeira e seus derivados. No Brasil, o AO-1990 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009 e findo o período de transição de quatro anos, será a única norma vigente a partir de 1° de janeiro de