deu a louca em romeu e julieta
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A FLORESTA DO RAIO VERMELHO
de: Jomar Magalhães
A PEÇA INICIA-SE COM UM BURRINHO ENTRANDO EM CENA APAVORADO.
BURRALDINO – Não! Não e não! Eu não vou mais carregar carroça pra ninguém! Eu protesto! Eu me recuso! Quem quiser que compre um carro ou então que vá de ônibus, mas eu é que não vou mais servir de burro de carga! Onde já se viu? Viver puxando carroça pra cima e pra baixo e ainda por cima levando chicotadas!? Onde está o Estatuto com os direitos dos burros, dos cavalos e dos jumentos? Ou erá que eu vou ter que viver pastando a vida toda? Ah, sim! Pois agora quem quiser conforto que vá de “táxique” porque a partir de hoje só se me pagarem! Isso mesmo! Pra cada quilômetro cavalgado, um quilo de capim gordura bem passado. Tão pensando o que? Que eu sou burro? Ora! Pois bem, agora eu quero ver se eles me encontram aqui no... aqui na... Ei! Onde é que eu estou!?
FLORINDA, A ÁRVORE, CUMPRIMENTA BURRALDINO .
FLORINDA – Olá, burrinho!
BURRALDINO – Ai! Socorro! Quem está falando?
FLORINDA – Sou eu aqui, atrás de você!
BURRALDINO – Atrás de mim?
FLORINDA – (balança os galhos) Aqui, ó!
BURRALDINO – Ué! Uma árvore? Eu pensava que as árvores só conversassem com outras árvores!
FLORINDA – É verdade. As árvores conversam com outras árvores, os animais com outros animais e os homens com outros homens. Mas hoje é necessário que todos falem a mesma língua para que todos possam sobreviver. O meu nome é Florinda, e o seu?
BURRALDINO – O meu é Burraldino Jumentino da Silva.
FLORINDA - Por que você fugiu dos