DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL
1. Conceito de moeda
Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por lei, ou seja, a moeda tem "curso forçado".
Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava-se através do escambo, com trocas diretas de mercadoria por mercadoria (economia de trocas). É fácil imaginar os transtornos trazidos por tal mecanismo. Se alguém tivesse a mercadoria sal em excesso e precisasse trocá-la por outra (por exemplo, carne), precisaria primeiro localizar alguém que tivesse carne em excesso e desejasse sal, e, em seguida, teria de resolver o problema das quantidades e divisibilidade: quanto de sal seria necessário para comprar um boi?
E se a pessoa precisasse de apenas meio boi?
Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Por exemplo, o sal, que por ser escasso era aceito na Roma Antiga como moeda. Em diversas épocas e locais diferentes, outros bens assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria constitui a forma mais primitiva de moeda na economia.
Os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em peso etc. Para exercer o controle sobre os metais em circulação, foi implantada a "cunhagem" da moeda pelos governantes, o que deu origem a nossa atual moeda metálica.
Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse de ouro, por questão de segurança, o guardavam em casas especializadas (embrião do atual sistema bancário), onde os ourives - pessoas que trabalhavam o ouro e a prata - emitiam certificados de depósitos dos metais. Ao adquirir bens e serviços, as pessoas