Determinantes do spread bancário no brasil (1999 – 2011)
DETERMINANTES DO SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL (1999 – 2011)
(Monografia) RESUMO
Spread bancário, basicamente, é a diferença entre a taxa média de aplicação das instituições financeiras, em seus diversos ativos relativos a atividades de crédito à pessoa física e jurídica, e sua taxa média de captação, por meio de produtos como depósitos a prazo e interfinanceiros. Este trabalho tem como objetivo analisar a magnitude e os possíveis determinantes do spread bancário no Brasil de 1999 a 2011. O spread no Brasil é um dos mais elevados do globo, e diversas instituições e pesquisadores vêm tratando esse tema em seus estudos. O Banco Central do Brasil emite, desde 1999, relatórios que visam a um melhor entendimento dessa variável. O spread pode ser decomposto em componentes e tanto variáveis macroeconômicas quanto questões relativas à própria estrutura do setor bancário no Brasil podem influenciar sua magnitude. Realiza-se neste estudo uma análise baseada na revisão de literatura acerca do tema, comparando-se e analisando-se os resultados obtidos. As informações aqui expostas, bem como as suposições e conclusões, foram extraídas e/ou baseadas em trabalhos disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), por outras instituições ou organizações como a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), e por diversos autores ou núcleos de pesquisa independentes. Os cálculos referentes aos spreads considerados neste trabalho e nos estudos analisados correspondem ao segmento livre referenciado. Livre porque o custo financeiro das operações é livremente pactuado entre o banco e o tomador do empréstimo; referenciado porque suas modalidades estão contempladas na Circular nº 2.957, de 1999, do BACEN1. Em contraposição, existe o crédito direcionado, composto por modalidades cuja taxa máxima é determinada por autoridade reguladora.