Detergentes
Amanda Gesser Catelan
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Tecnologia de Alimentos
Higiene Industrial
Prof. Dr. Alberto Cavalcanti Vitorio
INTRODUÇÃO
Segundo uma antiga lenda romana, o nome sabão ("sapo" em latim, "sapone" em italiano, "soap" em inglês) deriva do monte Sapo, onde eram sacrificados animais. As águas das chuvas arrastavam as gorduras dos animais e as cinzas de madeira das fogueiras pelas encostas do monte até o solo argiloso do rio Tibre. As mulheres que lavavam suas vestimentas na beira do rio perceberam que essa argila facilitava o seu trabalho, proporcionando maior eficiência de limpeza com menor esforço. Mas foi a partir do século XVIII, quando se reconheceu a existência de microrganismos patogênicos, que a necessidade de hábitos de higiene e limpeza tornaram-se então fator determinante no combate à proliferação desses microrganismos. A partir de então, a utilização dos sabões cresceu. Porém os sabões apresentavam como grande inconveniente, a queda de sua eficiência de limpeza quando em processo de limpeza com águas duras e águas ácidas, pois formavam substâncias insolúveis. Surgiram então, durante a primeira guerra mundial, os alquilsulfatos neutralizados tipo o laurilsulfato de sódio, obtidos a partir do álcool graxo proveniente de gorduras animais e vegetais. Estes tipos de detergentes, diferentemente dos sabões, quando em águas duras e ácidas não formavam compostos insolúveis (AMARAL, 2007). Atualmente o detergente é o agente de limpeza mais usado quando o assunto é remover resíduos com grau de dificuldade de limpeza. A limpeza com detergente é talvez, a operação mais importante da higienização em estabelecimentos de serviços de alimentação e industrias alimentícias, exigindo um conhecimento aprimorado das características dos agentes e das condições de emprego.
O processo de limpeza na indústria alimentícia que incluí a lavagem prévia com água, a aplicação de detergentes e o enxague dos resíduos, tem