Desvio, autoria, intertextualidade e apropriação na arte
Prof.: Aline Couri
Aluna: Diana de Mello Ferraz Rocha Domingues
DRE: 112087687
5,0
Questão 1
“Quaisquer elementos, não importa de onde forem tirados, podem ser usados para fazer novas combinações”. É esse o princípio básico do uso do “desvio” nas atividades artísticas, que é uma das práticas utilizadas pelos situacionistas como uma das formas de reinterpretação do espaço, com base nas experiências vividas.
O Situacionismo, movimento internacional de cunho político e artístico, datado de 1957 na Itália, criticava, dentre outras coisas, a vida cotidiana alienante, a sociedade do espetáculo mercantil e a cultura e arte como mercadoria. Segundo Guy Débord e Gil
J. Wolman, que precederam os ideais situacionistas em sua publicação “Um Guia
Prático Para o Desvio”, era preciso “eliminar todos os vestígios da noção de propriedade pessoal nesta área”.
O objetivo final dos situacionistas era o de fazer com que os indivíduos construíssem as suas próprias situações de vida no cotidiano, de modo que cada um explorasse seu potencial e rompesse com a alienação reinante. Dessa forma, a arte era uma das formas de chegar a esse objetivo final, através de sua articulação com a vida cotidiana, em práticas como a “deriva”, a “psicogeografia” e o “desvio”.
A última, a que nos interessa, articula arte e cotidiano quando integra elementos, expressões ou fragmentos artísticos dos mais diversos contextos na construção de uma nova obra, de forma alterar seus significados originais. Assim, os situacionistas não rejeitam a utilização de elementos cotidianos na arte, pelo contrário, o cultuam como forma de contestação às práticas da sociedade capitalista. Desse modo, segundo, Débord e Wolman, eles “negam a negação”.
Ainda segundo eles, existiriam duas categorias principais de elementos desviados. Os desvios menores seriam aqueles de elementos que, incorporados a um novo contexto, tomam todo seu significado, pois antes