Dessalinização da água
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Sistemas de Dessalinização e Aquedutos
2.1.
Técnicas de Dessalinização
Neste trabalho são apresentadas as características básicas das plantas térmicas e de osmose reversa, destacando suas diferenças básicas e apresentando dados para a estimativa dos custos.
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2.1.1.
Osmose Reversa
O fenômeno de osmose é amplamente encontrado na natureza. As plantas usam a osmose para levar a água do solo até as folhas e frutos. Este processo baseia-se na diferença de concentrações que causa um fluxo de água na direção do reservatório com menor concentração. A diferença de pressão que possibilita a ocorrência do escoamento é denominada de pressão osmótica.
Água Salgada
(Maior Concentração)
(Menor Concentração)
Membrana
Figura 1 – Representação esquemática do processo de osmose.
O processo de osmose reversa consiste em estabelecer um fluxo na direção contrária, conforme indicado na Figura 1. A água deve escoar do reservatório com água salgada na direção do reservatório com água pura. Para que haja um fluxo na direção contrária ao fluxo natural é necessário gerar uma pressão maior e contrária à pressão osmótica. Esta pressão deve ser induzida pelo bombeio do fluido através da membrana semipermeável.
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Figura 2 – Ilustração de uma planta de osmose reversa.
O fluxo de água através das membranas semipermeáveis é muito pequeno e por isso torna-se necessária uma grande área de membranas para que se obtenha um volume de água que atenda à demanda requerida. As membranas podem ser encontradas em espiral (Figura 3), ou na forma de tubos (Figura 4).
Concentrado de Sal
Tubo sólido
Membrana em espiral
Água pura
Selagem
Tubo coletor
Água salgada
Figura 3 – Configuração de sistema de osmose reversa em espiral.
De acordo com Semiati (2000) as membranas semipermeáveis utilizadas no processo de dessalinização são sensíveis às mudanças no pH da água. A presença de algas e outros