Desporto
Câmara de Leiria admite vender estádio construído para o Euro 2004 | |
Na sessão da Assembleia Municipal de Leiria e após ser interpelado por um membro do PSD que solicitou explicações sobre esta matéria, Raul Castro, independente eleito pelo PS, explicou que existem três hipóteses para o estádio.
Manter a presente situação, sob a alçada da empresa municipal Leirisport, a venda a um investidor privado e passar a sua gestão para a União Desportiva de Leiria são, neste momento, as possibilidades em estudo.
Raul Castro declarou hoje que entre serviço da dívida e despesas próprias de manutenção” o estádio está a custar “cerca de cinco mil euros dia”, reconhecendo que se as circunstâncias se mantiverem a autarquia vai continuar a ter naquela espaço “um sorvedouro de dinheiro que devia ser aplicado noutras obras”.
Nesse sentido, através da venda deste equipamento, a autarquia pode “recuperar muito do investimento que ali está feito”.
Quanto à possibilidade de transferir a manutenção e exploração do estádio para o clube, o presidente da Câmara Municipal de Leiria reconheceu ser, neste momento, a hipótese mais remota.
“Temos que buscar todas as hipóteses de rentabilizarmos aquele espaço. E, naturalmente, que sabendo nós que há investidores a fazê-lo em Inglaterra e agora em Espanha, também não custa nada”, declarou.
Para Raul Castro, “a venda seria o ideal para a autarquia e para o próprio concelho”, pois assim poderá ter “acesso aos recursos que estão a penalizar gerações futuras”.
O responsável assumiu ter tido, quando esteve na oposição, uma postura crítica em relação às obras de ampliação e remodelação do estádio municipal Dr. Magalhães Pessoa, um dos palcos do Euro 2004, situação que justificou porque “o valor inicial era muito diferente” e “quando se começou a falar de valores maiores apareceu a criação da Leirisport”.
Custo do estádio está acima dos 90 milhões
Raul Castro adiantou que as obras estavam previstas