Desmundo
O início desse movimento é marcado pela publicação da revista Investigações Morfológicas, fundada por Hermann Osthoff e Karl Brugmanm. Para eles, a língua deve ser vista ligada ao indivíduo falante. Assim, introduzem uma orientação psicológica subjetivista na interpretação dos fenômenos de mudança – a língua existe no indivíduo e as mudanças se originam nele.
Segundo os neogramáticos, as mudanças sonoras ocorrem num processo de regularidade absoluta, ou seja, as mudanças afetam a mesma unidade fônica em todas as suas ocorrências, no mesmo ambiente e em todas as palavras, não admitindo exceções e, se há, o fato se deve ao desconhecimento do processo ou à mudança por analogia.
Mudança por analogia significa, para os neogramáticos, alteração na forma fonética de certos elementos de uma língua por força de seus paradigmas gramaticais regulares.
O lingüista alemão H. Paul condensa o pensamento neogramático no livro Princípios fundamentais da história da língua,publicado em 1880, em que defende a busca dos princípios fundamentais da mudança nos fatores psíquicos e físicos, tomados como determinantes dos objetos culturais como a língua. Para H. Paul, a Lingüística é uma ciência histórica, ou melhor, não pertence às ciências naturais cujas leis estabelecidas são atemporais, não variando nem com o passar do tempo nem segundo aspectos socioculturais específicos.
Embora os neogramáticos tenham sido criticados por muitos lingüistas, é Hugo Schuchardt que chama a atenção para a grande