DESMOTIVAÇÃO: UM FATOR NEGATIVO NA PRÁTICA DO PROFESSOR

Desmotivação: um fator negativo na prática do professor

Tuanny Kamila Braga Oliveira*

Resumo

Este trabalho constitui uma reflexão acerca da atual e comum desmotivação do professor em uma realidade profissional nada fácil, a qual vem lhe conferindo o depreciativo título de “sofredor”, representativo das duras condições de trabalho e de (des)respeito aos quais se submete, mas que pode tornar-se um álibi nas mãos de professores incapazes de refletir sobre sua própria atuação.

Palavras-chave: Educação. Professor. (Des)motivação. Profissionalismo. Profissionalização.

Introdução

As atuais circunstâncias nas quais o professor brasileiro atua, especialmente na rede pública dos ensinos fundamental e médio, pedem uma grande reflexão sobre os fatos que o (des)motivam dia a dia em sua profissão.
Numa situação de ensino, sabe-se que o professor deve buscar os motivos do aluno e, com isso, aproximá-lo do saber, motivá-lo e instrumentalizá-lo para construir sua aprendizagem. Mas e quanto às motivações do professor?
É esta a questão que mais me chamou atenção no Estágio 2 de Português, em que observei e ministrei aulas no 9.º ano de um colégio estadual em Goiânia. Para abordar esse assunto, foi importante vivenciar a atividade docente, na posição do professor diante de inúmeros desafios diários, os quais podem constituir um embate de encontro à sua motivação e trazer resultados negativos à sua prática de ensino.

A baixa auto-estima do professor e seus ligamentos e desdobramentos

Já é senso comum o fato de que professor rima com sofredor. E o professor acaba se (com)portando como tal, sem avaliar quais as conseqüências disso na qualidade de seu trabalho e a sua interferência no processo de aprendizagem dos alunos. Seria ele então um educador-sofredor (ou sofredor-educador, de acordo com o lado que pesa mais), que rege a sala de aula da pior educação do mundo. Mas até que ponto ele é a vítima? Teria ele alguma parcela de culpa desse