Desigualdade
No nosso entendimento são cinco as questões essenciais dessa agenda estratégica: educação, inovação, infraestrutura, macroeconomia e gestão pública.
A educação ainda apresenta um problema grave de qualidade e de baixos níveis de escolaridade no ensino médio e superior. Temos deficiência na formação de professores e só recentemente criamos metas para o futuro. Nosso sistema é ineficiente e o ensino profissionalizante é quantitativamente insignificante para as necessidades do país. O perfil dos egressos do ensino superior é desvinculado das necessidades da sociedade e do mercado. Basta citar que apenas 5% dos graduados estudaram engenharia e menos de 10% algum curso na área de ciências exatas, metade dos porcentuais dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Nossos problemas não são apenas problemas de recursos, embora esses também existam. Nossas escolas não têm estímulos para dar um salto de qualidade e por isso devemos instituir premiações aos esforços de melhoria de cada escola, de cada professor e de cada diretor ao mesmo tempo que cobramos resultados.
Do avanço da inovação nas empresas depende o aumento da produtividade e da competitividade sistêmica da economia. Se não agregarmos valor às exportações será difícil sustentar o crescimento. E isso depende do aperfeiçoamento dos marcos regulatórios e do ambiente de negócios, do estímulo ao empreendedorismo, de uma maior ênfase na formação em engenharia e mais recursos para as empresas investirem em tecnologia. Depende, também, de uma melhor articulação das entidades governamentais no fomento à inovação nas empresas e das