Design e Sinestesia
Como foi mencionado, o objetivo do artigo presente é oferecer contribuição para o entendimento dos caminhos da percepção humana e expor de que forma essa percepção é capaz de ser inspiração para elaboração de projetos no campo de design de ambientes/interiores.
“O design é, antes de qualquer coisa, um projeto que carrega em si um conceito que está por vir. A função do designer, nesse caso, é captar os sinais, traços e signos que futuramente se tornarão tendências.” (FILHO, Emanuel.)
Para aprofundarmos na hipótese que a percepção humana é fonte de inspiração para elaboração de projetos, de desing, precisamos definir mais precisamente sentido e sinestesia. Utilizando como fonte o dicionário Aulete e Michaelis encontra-se: sentido – do latim sensus – é a faculdade de sentir,de compreender , apreciar,gostar;sentimento (Michaelis). Também – o raciocínio, as faculdade intelectuais, a consciência (Aulete). Já sinestesia – do grego synaísthesis – trata-se da associação, no campo psicológico, de sensações de caráter distinto como a de um som com uma cor, de um sabor com uma textura (Aulete). E sendo também a sensação secundária que acompanha uma percepção, sensação em um lugar, devido um estimulo. (Michaelis). As definições dos dicionários nos ajudam a compreender de que forma os mesmo estão atrelados e assim será capaz de compreender o processo se desenvolve a percepção humana dos sentidos. Segundo Santaella (2005, p.70) a percepção dos sentidos se desenvolve em três passos: (1) a recepção de um sinal externo que excita um órgão que corresponde a um sentido; (2) a transformação dessa informação em um estimulo nervoso; (3) o transporte desse sinal e a modificação que sofre até chegar ao cérebro e nos proporcionar uma percepção,uma sensação de sentir algo. Portanto, para podermos sentir algo é necessário todo o trabalho dos órgãos sensoriais em conjunto com o cérebro, órgão que tem fundamental