Design no Amazonas nas trilhas da socioeconomia e da emancipacao

Design e ensino do design no Amazonas: pensando alternativas socioeconômicas.
Alexandre Santos de Oliveira

O presente trabalho, desenvolvido no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas em Design no Amazonas - GEPDAM, teve como um dos objetivo central, levantar pressupostos que permitam pensar o campo do design e o ensino do design no Amazonas, sob uma perspectiva emancipatória. Partindo da compreensão vigente sobre o campo do design enquanto segmento da chamada economia criativa e baseado numa ruptura com pressupostos tais como: unidade, uniformidade, padronização e reprodução acrítica; a reflexão levantou categorias que favorecem uma compreensão acerca do campo/ensino do design enquanto lugares de fricção e interações interculturais que, apesar dos compromissos com a manutenção de um padrão hegemônico, no âmbito da nova economia criativa, apresenta-se, no caso específico do Amazonas, como locus capaz de operar uma nova forma de pensar as relações econômicas, fundado numa pensamento alternativo de alternativas de que fala Boaventura de Souza Santos. Tendo como matriz reflexiva a crítica à modernidade construída por meio de uma compreensão sobre como as energias emancipatórias foram sendo transformadas em energias regulatórias, no contexto da modernidade ocidental, os resultados obtidos permitem pensar o campo/ensino do design comprometidos, tanto com a regulação social, como antevê a possibilidade de que o design possa trilhar diferentes caminhos, qual sejam, a busca por outras formas de projetar que se contraponham aos paradigmas econômicos vigentes, calcadas num modelo socioeconômico centrado em relações mais horizontais entre homem, natureza, cultura sociedade.

Palavras-chave: design, ensino do design, socioeconomia, cultura, pensamento de alternativa