Design livre
19 nov ’09
[Este texto foi publicado anteriormente em meu blog no Instituto Faber-Ludens, em julho de 2009]
O nome poderia ser “Design liberto”, “aberto”, libertário”, ou alguma outra nomenclatura a ser definida. Design livre, aqui, é a mãe que ensina o filho a cozinhar, ao invés de fazer a comida que a filho gosta (Centrado no Usuário) ou chamar o filho para cozinhar junto (Design Participativo).
É um passo para uma maior aproximação da cultura do design com o hack e a gambiarra, onde quem não gosta de algo pode alterar, arrumar, melhorar, transformar ou personalizar.
Design Livre: fazer aprender.
Criança cozinhando.Design Livre: fazer aprender.
No Design Centrado no Usuário, um grupo de designers volta seu olhar para os usuários. No Design Participativo, o designer se junta aos usuários para projetar. No Design livre, proponho que a proposta é de que “designers” transformem “usuários” em designers, problematizando, inclusive, estas categorizações.
A partir daí, aqueles primeiros designers apenas colaboraram, assessoram e sugerem ideias para o projeto que estes usuários, agora são designers, vão desenvolver.
Esta proposta surge na discussão em torno dos pontos fracos encontrados em metodologias como a do Design Centrado no Usuário. Ao perceber que ele gira em torno de uma espécie de “Design centrado em Outros“, resultando em insuficiências (que tentam, por exemplo, ser resolvidas com pesquisas sobre usuários), porque não pensar em algo mais próximo do “Design centrado em Mim”, aproveitando os pontos positivos que este oferece?
Porém, tão difícil quando conceber o “Outro”, também há enormes dificuldades na concepção do “Mim”. Então, juntando os dois, podemos explorar as possibilidade de fazer um “Design pensando em Nós”, ao invés do “Design centrado Neles”.
Imagine o Design Livre como uma abordagem de Design Social. Ou, então, como um serviço. Talvez este seja apenas um modo de resumir