Resenha do filme a excêntrica família de antonia
O filme conta a história de Antonia, uma mulher forte, decidida, que, após a morte de sua mãe, se muda com sua filha Danielle para a fazenda onde morava quando era mais jovem. Lá ela é tão bem aceita “quanto uma colheita ruim, ou uma criança defeituosa”. Antonia tem princípios diferentes das pessoas daquela comunidade, e por isso é vista com antipatia por eles, que muitas vezes se escandalizam com as atitudes dela e de sua filha. Ela rompe clichês e preconceitos. Um exemplo é quando Danielle resolve que quer ter um filho e vai para cidade simplesmente para deitar-se com um homem e engravidar. Elas são hostilizadas pelo padre da cidade, mas não se abatem. Elas dão um jeito de provar que o padre não é tão “santo” quanto aparenta.
Nós assistimos extasiados o desenrolar da trama, a saga familiar atravessa três gerações, falando de força, de beleza e de escolhas que desafiam o tempo. Os seus personagens curiosos, como o filósofo Dedo Torto (que podemos comparar com Nietzsche), a neta superdotada, a filha lésbica, o estuprador, o padre herege, entre tantos outros.
Vemos que mesmo com os acontecimentos do filme, o que mantém a família unida é a generosidade de Antonia, sempre acolhendo a todos e tornando as coisas melhores. Eles não buscavam sentindo na existência. Simplesmente viviam. O único que questionava a existência era Dedo Torto, que de tanta angústia resolveu matar-se. E deixou uma carta que dizia o seguinte:
"(...) É absurdo crer que a dor constate que nos aflige seja apenas momentânea . Pelo contrário: a desgraça é a regra e não a exceção. A quem culpar por nossa existência? A explosão solar que nos deus a vida? Eu me acuso já que não creio em Deus ou reencarnação, se acreditasse poderia me iludir de que a vida nos promete uma divina sobremesa após uma indigesta refeição. Não quero mais pensar, acima de tudo não quero pensar".
O filme aborda vários temas, como vingança, justiça, preconceitos, o suicídio, mas sobretudo, é