Design Amazonico
Identidade Amazônica
“As expectativas a respeito do design amazônico na atualidade trazem um recorte que permeia a possibilidade de inclusão de grupos sociais tradicionais na configuração de design estabelecido sobre conceitos como sustentabilidade e expressão cultural (...). Esse mesmo processo de definição de um contraste de realidades estabelece uma zona de fronteira em que se pretende, de forma adicional, trazer similitude a representações internas a essa delimitação (...), com o design visto aqui como o lugar da intercecção entre interesses culturais e interesses de capital”.
Karine Gomes Queiroz (2005)
O que se espera do design amazônico para os dias de hoje é a reunião de 3 imprescindíveis fundamentos: a) Consciência da sustentabilidade; b) A forma de expressar a nossa cultura e c) A interação com grupos sociais que perpetuam nossas tradições.
Essa expectativa cria uma série de questionamentos como a interatividade da cultura tradicional com o design, a postura dessa tradição frente ao mercado e conseqüentemente a expansão dessa cultura enraizada no nosso universo, sem que a mesma seja rotulada de alegoria ou vista apenas como um belo espetáculo visual. Existe toda uma identidade amazônica a ser estudada que vai muito além do brilho e das superproduções.
Através da discussão sobre identidade o artigo pretende estabelecer possíveis relações entre o que poderia ser o design amazônico e a consciência da sustentabilidade para a nossa região. Para tanto, o que se quer analisar e entender, à cerca da identidade cultural, é como acontece o embate que se trava silenciosamente, através de décadas, que traz de um lado uma sociedade educada pela globalização e que quer fazer parte do mundo como um povo emergente e do outro os povos indígenas e gente simples do campo que concentram e resguardam a maior parte de nossas tradições e costumes diante do avanço e do