DESENVOLVIMENTO
(Iamamoto, 2000. p. 17)
Em "tempo de crises" como o que vivemos no contexto de expansão desenfreada do capital, em que a humanidade alcança um estágio de sociabilidade jamais presenciado na processualidade histórica, faz-se necessário facear a realidade concreta e refletir sobre ela despido dos "óculos funestos" produzidos historicamente pela ótica do estranhamento, que processualmente tem impossibilitado a leitura para além da imediaticidade pragmática que é produzida e reproduzida cotidianamente pela forma de sociabilidade vigente.
Destarte, esta capacidade de compreender a gênese da sociabilidade humana em um estágio tão avançado, se torna cada vez mais intricada e difícil na medida em que a produção e reprodução da vida humana são realizadas de forma cada vez mais social, ou seja, de forma muito mais dinâmica que qualquer organização social pretérita. O desenvolvimento tanto quantitativo quanto qualitativo das forças produtivas no processo de responder as carências humanas, que no contexto em que vivemos se configuram como carências especificamente sociais, ocorrem interligadas a um movimento dialético repleto de rede de nexos causais que amplia e enriquece o saber e o existir humano no mundo objetivo, permitindo assim, que esse ser social domine e transforme o mundo que o cerca e a si mesmo de forma potencialmente superior e avançada, ou seja, como afirmou Chasin (2000, p.5), o homem se constitui nessa processualidade como "dimiurgo da natureza" ele a domina de forma cada vez mais ampla. Sendo assim, o campo "desconhecido" no processo de interação entre homem e o mundo que o cerca, mediado pelo complexo do trabalho já não se apresenta tão obscuro como em períodos anteriores, e ele o domina de forma cada vez