Para Vygotsky o homem nasce um ser biológico e a vivência em sociedade o torna humano. Para este teórico a criança nasce dotada de funções psicológicas elementares: reflexos e atenção involuntária que, no entanto, podem ser modificados com a convivência em sociedade. Enquanto o desenvolvimento natural produz funções com formas primárias ou elementares, o desenvolvimento cultural permite a transformação dos processos elementares em funções psicológicas superiores (2), o que representa um nível qualitativamente diferente do funcionamento psicológico, como ocorre, por exemplo, com o acesso à linguagem após o segundo ano de vida Vygotsky não dividiu o desenvolvimento em fases ou estágios como fizeram Freud e Piaget, mas o definiu como um processo unitário e global, onde duas linhas confluem e se inter-relacionam. De acordo com esta lei da dupla formação os processos da linha social e cultural do desenvolvimento originam-se sempre entre pessoas, têm sua raiz inicialmente no plano da relação com os outros, portanto é interpessoal, e depois surgem no plano estritamente individual ou intrapessoal. Exemplo: o caso do bebê que é capaz de “conversar” com a sua mãe, já que ela lhe marca os turnos para falar. As palavras que a mãe usa são as da sua sociedade e do seu grupo e o bebê pode a vir a conhecer seu significado em função do diálogo que a mãe inicia. O aprendizado cultural transforma essas funções básicas em funções psicológicas superiores: consciência, planejamento, entre outras. Essa evolução ocorre através da elaboração das informações recebidas do meio social. Para Vygotsky a linguagem tem um papel fundamental no processo de evolução mental do indivíduo, pois utilizamos a linguagem na comunição para informar ao outro e para simbolizar mentalmente. É através da linguagem que ensinamos,