Desenvolvimento econ mico em Schumpeter
Diferente dos neoclássicos, Schumpeter entende que desenvolvimento pode ser estudado pela ótica da oferta. Fato este que explica o porquê do salto para o desenvolvimento ocorrer a partir de uma ruptura no fluxo circular estacionário, ou seja, quando há a mudança de um processso produtivo rotineiro para outro não similar, entende-se que houve a inserção de um elemento “novo”. A partir deste momento o objeto econômico fundamental passa a ser a figura do empresário inovador, o qual é o responsável pela mudança. Deixa-se o velho e insere-se o novo. Entretanto, nada que se cria de novo é destinado a uma demanda já existente, pelo contrário, a inovação surge para atender demandas que ainda irão ser formadas.
Assim, Compreender desenvolvimento segundo Schumpeter, é entender que o mesmo ocorre mediante mudanças na vida econômica que não são impostas de fora, mas que surgiram de dentro, através de iniciativa de algum agente econômico. Entende-se, dessa forma, que é um processo endógeno, diferente daqueles analisados pelos autores neoclássicos (SCHUMPETER, 1985).
O desenvolvimento econômico de Schumpeter possui dois elementos que o tornam possível: a inovação tecnológica e o empresário inovador, cuja função principal é realizar novas combinações, ou seja, interromper a rotina estática do fluxo circular. Além do fato deste poder ser ou não o dono dos meios de produção.
O inovador, não só busca a obtenção do lucro, como também a satisfação pessoal de ver sua idéia sendo posta em prática. Isto, sem dúvida, o difere do capitalista. O papel principal do empresário inovador é alterar o padrão de produção através de uma invenção. Poderá utilizar uma ideia ainda não testada para produzir uma nova mercadoria, um novo processo, abrir um novo mercado e reestruturar uma indústria, entre outras criações.
Para Schumpeter a inovação tecnológica era a grande força promotora do desenvolvimento econômico, pois uma tecnologia anteriormente considerada