DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA DE ANÁLISE DE CIANETO POR VOLTAMETRIA E PROCESSO DE REMOÇÃO DE CIANETO EM EFLUENTES INDUSTRIAIS
L. M. CARDOSO1, F. B. MAINIER2 e J. A. P. ITABIRANO3
1Universidade Federal Fluminense, Escola de Engenharia
2 Universidade Federal Fluminense, Escola de Engenharia
3 Universidade Federal Fluminense, Instituto de Química
E-mail para contato: lucardoso_84@yahoo.com.br
RESUMO – Este trabalho utiliza-se da metodologia por voltametria de redissolução catódica com eletrodo de mercúrio de gota pendente para quantificar, separadamente e simultaneamente, o cianeto (CN-) de outras espécies presentes em efluentes industriais, como metais tóxicos (Cd2+, Zn2+), sulfetos (S2-) e tiocianatos (SCN-). A voltametria é uma técnica eletroanalítica onde se estuda a relação entre corrente e o potencial durante a eletrólise de uma espécie química, fornecendo, assim, medidas de quantificação direta dos analitos, o que justifica a aplicabilidade da técnica no monitoramento destas espécies. Esta técnica tem sido usada para quantificar o teor de cianeto nos efluentes, bem como, o teor residual de cianeto após ser tratado na célula eletrolítica desenvolvida com geração in situ de cloro (Cl2) em meio alcalino visando à destruição do cianeto em dióxido de carbono (CO2) e nitrogênio (N2). Também foram realizados ensaios com adições de peróxido de hidrogênio e hipoclorito de sódio visando à destruição do cianeto. Os resultados apresentados nos ensaios laboratoriais têm sido bastante satisfatórios.
1. INTRODUÇÃO
1.1. Voltametria
A voltametria se desenvolveu a partir da polarografia que é um tipo particular de voltametria pelo uso de um eletrodo gotejante de mercúrio. A polarografia foi descoberta por Joroslav Heyrovsky no início dos anos 1920 e rendeu ao químico theco-eslovaco o Prêmio Nobel de Química em 1959. Em meados da década de 60, a voltametria clássica obteve modificações que aumentaram significativamente a sensibilidade e seletividade do