Desenho e plastica
Você elaborou e ensaiou mentalmente, inúmeras vezes, o seu pedido de transferência de departamento. Mesmo assim, na hora H, foi um fiasco. Não encontrou as palavras certas e nem conseguiu ser convincente e seu superior encerrou o assunto no primeiro argumento. Você estreou em um novo cargo e sua apresentação à nova equipe foi lastimável, o discurso foi desconexo e sem objetividade. Fora da esfera profissional, as dificuldades não são diferentes. (...) Na hora - prejudicado pelo nervosismo, é verdade - o discurso saiu piegas, sem força argumentativa, faltando palavras.
Quando se trata da escrita, a resultado não é muito diferente. Para redigir uma proposta são dias e dias de trabalho árduo. Um e-mail importante, então, é uma grande e dolorosa jornada com direito a várias expedições ao dicionário. E o tormento não tem fim. Um dia depois de um texto enviado, você encontra uma avalancha de erros, desde os vergonhosos ortográficos até os de interpretação, porém, tarde demais....... Já está nas mãos do destinatário. O seu despreparo e sua inabilidade no idioma já foram documentados, já têm testemunhas, já são públicos...
A dificuldade com o idioma não é nova, mas ela nunca foi tão notada e apreciada como atualmente. Na vida pessoal, o domínio do idioma pode ser a base de projetos de vida bem-sucedidos e no campo profissional pode fazer a diferença entre emprego e desemprego.
Se, socialmente, um indivíduo que se expressa ou escreve mal é visto com ressalvas, na esfera profissional, essas se multiplicam, com uma agravante: a desconfiança não fica restrita à habilidade de comunicação. A competência profissional também é questionada, sem contar, que a forma como você se expressa, seja oralmente ou por escrito, é o indicativo primeiro do seu grau de instrução, sua postura diante da vida, seu tipo de personalidade. Quem escreve e fala bem demonstra pensamento sistematizado, raciocínio lógico,