Desenho técnico

Para a representação de desenhos em papel, existe um conjunto de assuntos que importa desde já introduzir, tais como: formatos de papel, tipos de linhas e respectivas espessuras, dobramento dos desenhos, escalas, tipo de escrita e suas características, legendas e identificação dos desenhos de conjunto.
Toda a informação inscrita num desenho deve ser apresentada em escrita normalizada, que tem como objetivos básicos a uniformidade, a legibilidade e a reprodução de desenhos sem a perda de qualidade. Suas características são definidas na família de normas ISO 3098.
Em desenho técnico existe a necessidade de utilizar tipos de linhas diferentes de acordo com o elemento a ser representado. A norma ISO 128:1982 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras. As espessuras de linhas devem ser as mesmas para todas as vistas desenhadas na mesma escala. Existem duas espessuras possíveis para o traço: grosso e fino; e devem ser escolhidas de acordo com a dimensão do papel e o tipo de desenho.
Quando existe sobreposição de linhas num desenho, apenas uma delas pode ser representada, ficando a representação condicionada a verificação de regras de precedência de linhas, que são: 1) arestas e linhas de contorno visíveis; 2) arestas e linhas de contorno invisíveis; 3) planos de corte; 4) linhas de eixo e de simetria; 5) linha de centróides; 6) linha de chamada de cotas.
E quando ocorrem cruzamentos de linhas visíveis com invisíveis ou com linhas de eixo, a representação pode ser tornada clara utilizando-se algumas convenções.
A escolha do formato ou dimensão da folha de papel a ser usada, é da responsabilidade do desenhista ou projetista. As folhas de menos dimensão são mais fáceis de manusear, mas obrigam a utilização de escalas de redução para a representação das peças, o que prejudica a sua interpretação e compreensão. Por outro lado, selecionando formatos maiores, o problema da clareza fica solucionado, mas, quanto maior é o formato, maior é o custo de impressão e