Descobrimento do brasil
A tomada de Celta, não garantiu aos portugueses o acesso o ouro africano e as riquezas orientais. A solução foi buscar nos locais produtores as mercadorias, evitando os venezianos e árabes. Para isso foi preciso descobrir um caminho para a áfrica e as índias (o que chamavam de Oriente). Isso significava navegar em mar aberto, onde nunca tinham ido antes. Os portugueses tinham alguma experiência em navegação oceânica, pois há tempos praticavam pesca em alto-mar.
A posição geográfica do país (voltado para o oceano) favorecia a navegação. Conheciam a bússola e o astrolábio, que permitia determinar a latitude. Mas não sabiam calcular a longitude. Os navegadores se orientavam com mapas de Ptolomeu, geógrafo e astrônomo grego. A cada viagem, corrigiam-se os erros e acrescentavam informações. Os portulanos eram mapas que assinalavam os portos conhecidos e seguros para os navios. Os portugueses aperfeiçoaram a caravela. Ela era menor que os navios e tinha velas latinas (triangulares), que permitiam navegar mesmo com os ventos desfavoráveis e eram mais velozes e mais fáceis de manobrar. Os custos de fabricação e manutenção de uma caravela não eram altos e assim os comerciantes e o rei podia financiar as viagens oceânicas. Mesmo sendo um navio de exploração eram equipadas com canhões. Podiam enfrentar inimigos ou conquistar os pontos comerciais que interessassem aos burgueses e ao rei.
No início do século XV os portugueses usufruíam uma situação política estável: tinham um rei com autoridade sobre todo o país, uma burguesia atuante e aliada ao rei e a paz interna. Nenhum outro reino da Europa possuía essas condições fundamentais para que Portugal fosse o primeiro país a se lançar as Grandes Navegações. O infante D. Henrique era um grande incentivador das viagens marítimas e planejou algumas delas, fez de Sagres um ponto de encontro de marinheiros, cartógrafos e astrônomos que se reuniam para trocar informações e traçar mapas.
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