Descoberta da Austrália
A Oceania foi o último continente ocupado pelos europeus. Assim como acontece com o Brasil, é preciso tratar o termo “descobrimento” com cautela, pois nem Brasil nem Austrália eram terras completamente inabitadas antes da chegada dos europeus. O território que hoje conhecemos como Austrália foi ocupado desde cerca de 40 mil anos atrás pelos chamados aborígenes. A Oceania, assim como a América, contava já há muito tempo com a existência de suas civilizações locais, logo, não era uma terra virgem para o descobrimento.
Por outro lado, há relatos e provas de passagem de vários povos pela Oceania e, especialmente, a Austrália. Entretanto considera-se como povo descobridor do local aquele que declarou a posse sobre as novas terras e promoveu a sua colonização. A mesma coisa aconteceu com o Brasil, há relatos de outros povos passando pelas terras brasileiras antes de Pedro Álvares Cabral, mas foi este que declarou a soberania sobre as terras do que hoje é o Brasil para o Império Português. Fazendo então o Brasil entrar para história como terra colonizada por Portugal.
A Descoberta da Austrália aconteceu em meio à procura de mito comum na época. Acreditava-se que havia um continente ao Sul no qual estava a fonte do rio Nilo. Esta teoria foi postulada pelo geógrafo Ptolomeu que chamava o suposto continente de Terra Australis, o qual despertou grande obsessão e aguçou a imaginação dos navegadores. Todos acreditavam que as terras do sul eram ricas de ouro e especiarias.
Vários foram os navegadores que se dedicaram a encontrar as terras do sul. Mas quem visitou mesmo à Austrália foram os portugueses, em 1522, e os holandeses, três anos depois. As visitas ocorreram ainda no século XVI, os caçadores das terras ao sul levaram três séculos ainda para voltar à Austrália. Foi então que em 21 de agosto de 1770, como representante da Grã-Bretanha, o capitão James Cook explorava o continente da