O presente texto é subdividido em três partes distintas, sendo elas: Primeira Meditação, Segunda Meditação e a Terceira Meditação. Em sua primeira meditação, Descartes ressalta o uso do que pode ser considerado um dos mecanismos mais importantes do seu método, a dúvida. É questionado o real valor da verdade dos acontecimentos. Fica claro no texto, que Descartes duvida dos conhecimentos advindos dos sentidos, que em muitos casos são “enganadores”, porém nem todos os erros são causados pelos sentidos, podemos nos enganar também com a loucura e com o sonho que às vezes podem até ser confundidos com o estado de vigília. “vejo do modo mais manifesto que a vigília nunca pode ser distinguida do sono por indícios certos, fico estupefato e esse mesmo estupor quase me confirma na opinião de que estou dormindo” (DESCARTES, 2004). Apesar de Descartes afirmar que não seja real o que há no sonho, o conteúdo que foi sonhado pode conter elementos reais. Além disso, a verdade das ciências, tais como a geometria, só é demonstrada na suposição da existência de um deus enganador (ou gênio maligno), que faria o sujeito acreditar em tais proposições como se fossem verdadeiras. Na segunda medição, Descartes se baseia em algo que de certa forma seja certo e firme, ou seja, algo como o ponto de apoio arquimediano, fundamentando basicamente na certeza e na verdade. Mesmo supondo a existência, não de um Deus bondoso, mas de um gênio maligno, Descartes chega a conclusão de que tal hipótese não conduz a nenhum conhecimento verdadeiro, devendo, pois, abandoná-lo como inútil. Outro ponto citado na segunda medição é o espírito, que ele diz ser capaz de conhecer o imutável nos corpos mutáveis. Portanto, o conhecimento do espírito não depende do corpo, enquanto o conhecimento do corpo depende do espírito. Logo, Descartes termina a segunda meditação concluindo que, ao contrário do que pensa o senso comum, é mais fácil conhecer o espírito do que o corpo. Na terceira medição,