descartes
O Racionalismo baseia-se na razão e no pensamento.
René Descartes foi, por sinal, a figura mais relacionada com esta linha de pensamento. A sua ideia dominante era muito simples: podemos ter conhecimento acerca do mundo no sentido mais forte que o termo admite: quando conhecer implica certeza, isto é, a impossibilidade de estarmos enganados. Para tal institui que a dúvida iria ser o seu método para mostrar que os cépticos estão enganados e que, por muito extremas que as nossas dúvidas sejam, no final, somos conduzidos a uma verdade de que não se pode duvidar. A dúvida é apenas um método para alcançar a certeza. O primeiro princípio de Descartes não é mais do que o pensamento, a razão. Da dúvida metódica emerge uma ideia clara e distinta, e por isso certa e evidente: Penso, logo existo. Mesmo que duvidemos da existência da realidade física e pensemos que podemos estar a ser enganados quando efetuamos cálculos matemáticos simples, não podemos duvidar que pensamos. Não podemos duvidar, concluiu Descartes, de que existe um Eu que pensa, um Eu que é o suporte permanente de todos os nossos estados e operações mentais. Descartes rejeita o testemunho dos sentidos, pois eles são enganadores. A dúvida que levanta tem um âmbito limitado: os sentidos podem enganar relativamente a objetos minúsculos ou distantes. Apesar de tudo há algo que ele pode considerar como verdadeiro e indubitável: o seu pensamento, no qual pode confiar. O ser pensante que é constitui-se como a primeira verdade que ele encontra com o carácter de clara e distinta e sobre a qual não reside qualquer tipo de duvida. Para confirmar este seu princípio, Descartes leva ao extremo a sua dúvida – dúvida hiperbólica. Percebemos então que o fulcro da “ dúvida cartesiana “ é que ela é, essencialmente um meio para atingir um fim; é um mecanismo para produzir os primeiros princípios. Assim, a partir do EU, Descartes deduz a existência de Deus, o criador do mundo. Se é certo que todo