Descartes
“As novas condições de uma outra época histórica, a que até agora chamávamos moderna (mas que em breve talvez deva ser considerada como uma grande era intermediária entre a antiguidade e a época novíssima) exigiam um novo estilo de filosofar, a filosofia da era burguesa. È ao nascimento dessa nova filosofia que vamos assistir com o estudo dos dois grandes iniciadores: Francis Bacon e Descartes. Se fôssemos caracterizar, distingui-la-íamos pelo individualismo, autonomia da filosofia e inspiração científica.” (MATTOS, 1989).
A filosofia se manifesta na Renascença, pela retomada do que de melhor havia na antiguidade (cultura greco-latina) e na Idade Média. A filosofia moderna se divide em dois fluxos ideológicos, o empirismo de Bacon e o racionalismo de Descartes, onde este último se subdivide em racionalismo moderado (parte da experiência) e o racionalismo radical (ideias acolhidas independentes de experiência), este último seguido por Descartes. A filosofia moderna tem como referencial a obra “Discurso do Método” (Discours de la méthode) de René Descartes.
2. Descartes e sua época
Procurando fundamentos de uma grande revolução filosófica, Descartes foi o primeiro grande pensador da época moderna. É possível compreendê-lo, quando situado em sua época. No século XVII é predominante o método científico, das ciências exatas, a disciplina religiosa e o absolutismo político; foi um século marcado pelas contradições. Na França vemos os jesuítas, que alcançaram o monopólio das almas, da política, da teologia e do ensino, inclinou-se para certo mundanismo interesseiro, combatidos pelo rigorismo jansenista, flui neste ambiente um filósofo que vai tentar dirigir as ideias para novas direções, preocupado com a ordem, preferiu, contudo levar uma vida de liberdade de pensamento.
René Descartes destacou a questão do método, ainda que hoje ninguém siga a tal esse sistema, ele constitui um ponto de partida de muitas ideias posteriores.
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