Descarte zero” de efluentes industriais
Até a década de 70, os dejetos dos suínos não representavam problema ao meio ambiente, uma vez que a suinocultura intensiva era incipiente. O desenvolvimento da suinocultura industrial trouxe consigo a produção de grandes quantidades de dejetos que, pela falta de tratamento adequado, vêm se transformando em uma das maiores fontes poluidoras dos mananciais hídricos das regiões de intensa produção.
A proposta tecnológica da suinocultura desconsiderava o impacto ambiental dos efluentes. Mas, a partir de 1992, com o advento da RIO-92, o IBAMA e as fundações ambientais estaduais (tais como a FEPAM-RS e a FATMA-SC) estabeleceram regulamentos e começaram uma fiscalização mais efetiva sobre a poluição decorrente da suinocultura. Isso possibilitou espaços interinstitucionais no sentido de definir correções tecnológicas no modelo, como forma de reduzir e/ou aproveitar os dejetos suínos.
Esse capítulo está fundamentado na série Documentos da EMBRAPA-CNPSA, nº 27,
1993 “Manual de Utilização de Dejetos de Suínos” que é, para os que desejam aprofundamento teórico, uma das referências mais importantes publicada até então sobre o tema no país. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DEJETOS Produção quantitativa
A quantidade de dejetos produzidos varia com o peso vivo dos animais. Já a água ingerida vai influenciar a produção de urina, variando a quantidade de dejetos líquidos. O suíno não é, a espécie que produz mais dejetos em relação ao peso vivo.
CAPACIDADE POLUENTE
Comparativamente ao esgoto doméstico, os dejetos suínos são 260 vezes mais poluentes. Isso se deve à DBO5 (Demanda Bioquímica de Oxigênio - referencial que traduz, de maneira indireta, o conteúdo de matéria orgânica de um resíduo através da medida da quantidade de oxigênio necessária para oxidar biologicamente a matéria orgânica por um período de 5 dias). A DBO5 é de 200 e 40.000mg/l para o esgoto doméstico e dejetos suínos, respectivamente.
IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELOS DEJETOS O