Desafios
Introdução É grande o desafio que os educadores têm encontrado em relação à indisciplina em sala de aula e na escola, tanto na pública como na particular, todavia com manifestações diversas(2). Sabemos também que não se trata de um problema apenas brasileiro, apesar das peculiaridades encontradas aqui; temos relatos, por exemplo, de gangues estudantis que têm batido nos professores na França, do alto número de mortes nas escolas públicas americanas, fruto da violência, das conseqüências nefastas da rígida disciplina japonesa, levando ao suicídio e à falta de criatividade.
Esta questão tem ocupado um espaço cada vez maior do cotidiano escolar no País. É grande também a insatisfação daí decorrente, chegando até a se constituir em causa de abandono do magistério. Houve época em que a reclamação partia de professores da 5ª ou 6ª série; depois começou a vir dos de 3a e 4ª, sendo que atualmente tem vindo até dos que lecionam na Pré-escola... Gostaríamos de deixar claro que não estamos generalizando, mas procurando apontar uma tendência, que é preocupante e precisa ser revertida. A Queixa A queixa dos professores em relação à indisciplina tem sido muito forte.
Podemos citar, a título de ilustração, alguns depoimentos:
“A falta de interesse está muito grande. Os alunos estão dispersos, não respeitam mais o professor, estão vivendo em outro mundo. A tecnologia avançou demais e o professor infelizmente não acompanhou, ficou desinteressante para eles. Eles estão acostumados a apertar botão de videogame, de computador, a ver televisão e aí aparece o professor com apagador e giz... O professor não está conseguindo ter domínio, as aulas estão muito no passado, muito antigas. Os meios de comunicação ao invés de ajudar estão atrapalhando: programas muito violentos. Não está existindo liberdade com responsabilidade. As crianças de hoje são mais espertas do que antigamente. A família não tem colaborado; os