Desafio C2
O tema Comando e Controle, em sua essência, é bastante desafiador e complexo, sendo motivo de estudo, em sua grande parte, no âmbito militar. Transformar ou adaptar esta doutrina para as exigências de segurança pública e aplicá-la em fenômenos eminentemente civis é um dos desafios do estudo que ora se inicia.
A dinâmica de Comando e Controle não é afeta exclusivamente ao ambiente militar, ou seja, não é típico de defesa territorial. Exemplos recentes ratificam essa assertiva, uma vez que as situações verificadas ao redor do mundo e aqui no Brasil também, demonstram a necessidade de uma coordenação permanente interagências que, quando inexistentes, precárias ou insuficientes tendem a aumentar os efeitos danosos e a atrasar as respostas mitigadoras ou corretivas dos cenários enfrentados.
Os exemplos mais emblemáticos desses cenários são: os tsunamis na Indonésia (2004) e no Japão (2011), o furacão Katrina em Nova Orleans, EUA (2005), as chuvas torrenciais, com deslizamento e desmoronamentos de encostas e morros, na região serrana, no Estado do Rio de Janeiro (2011), as inundações em Santa Catarina (2011) e o acidente radioativo do Césio 137, em Goiás (1987) – cenários estes preponderantemente relativos à defesa civil; no que tange à segurança pública, têm-se os seguintes exemplos: a desocupação do Parque Oeste Industrial, em Goiânia (2005), os ataques massíficos de facções criminosas com incêndio de ônibus e carros em várias cidades brasileiras, rebeliões em presídios, principalmente as com tomada de reféns, e até mesmo as manifestações violentas durante a realização da Copa das Confederações, e ainda e principalmente, os grandes eventos, dentre os quais: Rio + 20, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo, Jornada Mundial da Juventude e os Jogos Olímpicos, sobre estes, cabe um estudo de caso especial relacionado aos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, na Alemanha.
Para categorizar a abrangência e o espectro de atuações dos órgãos estatais demandados