Deriva dos Continentes e Tectónica de Placas
Teoria da Deriva Continental
Esta teoria foi apresentada por Wegener em 1912, e defendia que os continentes, agora afastados, estiveram outrora unidos num único supercontinente, a que ele chamou de Pangeia, que era rodeado por um único oceano – a Pantalassa. Posteriormente terá ocorrido a fragmentação da Pangeia, tendo os continentes se afastado até atingirem as posições atuais.
A B
Fragmentação e evolução dos continentes desde a Pangeia até à atualidade:
A – Pangeia à 225 milhões de anos, B – Continentes na atualidade.
Esta teoria apresentava vários argumentos a favor como: morfológicos, litológicos, paleontológicos e paleoclimáticos .
Argumentos usados por Wegener na Teoria da Deriva dos Continentes:
Morfológicos e Litológicos Morfológicos – O encaixe entre as linhas da costa da América do Sul e da África é mais evidente e perfeito se for feito ao nível das plataformas continentais, que se encontram actualmente submersas.
Litológicos – Entre a América do Sul e a África existem rochas e cadeias montanhosas continuas, que se formam ao mesmo tempo e nas mesmas condições.
Entre a Europa e a América do Norte também existe uma continuidade litológica.
Paleontológicos Foram encontrados fósseis dos mesmos organismos na América do Sul, África, Índia, Antárctica, e Austrália. Estes organismos não existem actualmente, e indicam que estes continentes estiveram unidos.
Os vestígios fósseis também permitem verificar que as condições ambientais naqueles continentes eram semelhantes, e que estiveram todos no hemisfério do sul.
Mas esta teoria foi rejeitada pela comunidade científica, uma vez que Wagener não conseguiu explicar convenientemente como é que os continentes se conseguem mover.
Só após o estudo morfológico do fundo dos oceanos, com recurso a técnicas como o sonar e o uso de veículos robôs, é que a teoria da Deriva Continental voltou a ser considerada.