Depressão
A atriz Brooke Shields trouxe à tona o problema ao escrever um livro onde descreve a dor da depressão pós-parto após sua primeira gestação. Ninguém está livre dessa doença, seja rico, celebridade ou gente humilde. A palavra depressão deriva do latim depressio, que significa abatimento físico, moral ou mental. Cerca de 15% das mulheres grávidas podem sofrer depressão pós-parto. O fator genético é o mais importante, sendo que nestes casos a incidência é três vezes maior. O problema pode surgir até um ano após o nascimento do bebê, sendo mais comum no terceiro e quarto meses.
É fácil entender que o arquétipo psicológico, familiar, genético e o meio ambiente irão atuar no comportamento da gestante e no pós-parto. A adaptação da mulher à maternidade é um processo delicado. Quando ela engravida, a alteração hormonal muda seu estado emocional, podendo causar depressão e ansiedade. A mulher poderá ter sentimentos conflitantes e emoções variáveis com relação ao seu bebê e a si mesma, que vão desde o prazer enorme até o desanimo e a exaustão, a agressividade, o medo, o choro fácil ou até a síndrome do pânico. O apoio do parceiro e da família faz toda a diferença nesse momento. A gestante deve buscar informações com o médico e não dispensar o atendimento psicoterápico quando ele se tornar necessário. Recomendo também a leitura de livros especializados, documentários instrutivos e até comédias leves.
O casal deve fazer cursos de pré-natal. Deve manter um bom relacionamento sexual na gravidez. Isso contribui para a estabilidade emocional da futura mamãe. Nós, obstetras, temos a obrigação de estar atentos no pré-natal, no parto e no pós-parto, para detectarmos precocemente um quadro de depressão. O tratamento deve começar o mais rápido possível, com antidepressivos e psicoterapia. Mães que já tiveram depressão pós-parto na primeira gestação e que engravidarão pela segunda vez devem procurar um psicoterapeuta para uma conversa. Na