Depressão
AUTORES: JULIA MAGALHAES; ZEROBABEL ; NATÁLIA ALVES
Sob um aspecto fenomenológico a pesquisa aborda a depressão. Nas sociedades contemporâneas o individualismo e a solidão estão sendo colocados em prática de forma exacerbada como consequência do modo de viver. As pessoas estão vivendo cada vez mais para si e esquecendo-se de viver em comunidade, de forma coletiva. Estamos inseridos na era da depressão, que como consequência acarreta um prejuízo na saúde mental.
Existem muitos estudos com base na perspectiva biomédica. No entanto, faz-se necessário uma abordagem crítica do significado da depressão no mundo atual. Muitos dos significados têm origens socioculturais. Nas novas formas de se sociabilizar muitos estão juntos, embora distantes, pois convivem superficialmente uns com os outros e geralmente não se encontram face-a-face. Há um processo de desterritorialização. O contato ainda existe, e há uma preocupação com o próximo, mas agora é simbólico. Nem todas as relações são profundas e sólidas. Por consequência sentimentos, como tristeza, medo e solidão estão mais forte nas raízes da depressão de cada cultura. Tudo isso gera uma espécie de adoecimento e acarreta um (hiper) individualismo na relação das raízes sociais e culturais de cada sociedade.
“Cada um por si e ninguém por todos” é o lema de muitas culturas modernas. Percebemos que a depressão está inseridas cada vez mais no individualismo e no sentimento de solidão. Nas sociedades modernas a depressão surge na indiferença, na ausência de preocupação com o outro, na falta de empatia. Tais experiências implicam na qualidade de vida e na promoção da saúde. O medo de estar sozinho e de se deparar com a própria solidão faz com que as pessoas tentem fugir e se esconder atrás de uma suposta alegria encontrada em bate-papos, pornografias e festas com supostos “amigos”. Por trás de máscaras, muitos sofrem silenciosamente, subjetivamente, mesmo sem ninguém perceber,