depressão pós-parto
Depressão pós-parto: sabemos os riscos, mas podemos preveni-la?
Postpartum depression: we know the risks, can it be prevented?
Dawn Zinga,1 Shauna Dae Phillips,2,3
Leslie Born3,4
Resumo
Nos últimos vinte anos, houve um maior reconhecimento de que a gravidez em algumas mulheres pode ser complicada por problemas emocionais, particularmente depressão, causando um impacto significativo sobre a mãe e a criança. Com a identificação de fatores de risco para a depressão pós-parto e um aumento do conhecimento sobre a vulnerabilidade biológica para os transtornos de humor no período puerperal, um número crescente de estudos tem explorado meios de prevenir a depressão pósparto, utilizando estratégias psicossociais, psicofarmacológicas e hormonais. A maior parte das intervenções psicossociais e hormonais tem mostrado pouco efeito para a prevenção da depressão pós-parto. Apesar disso, resultados de estudos preliminares sobre a terapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental e sobre o uso de antidepressivos indicam que estas intervenções podem resultar em algum benefício. Dados sobre o uso de suplementos dietéticos são limitados e com resultados pouco conclusivos. A excessiva quantidade de resultados negativos na literatura atual demonstra que a depressão pós-parto ainda não pode ser facilmente prevenida.
Descritores: Depressão pós-parto/quimioterapia; Transtornos puerperais/psicologia; Depressão/psicologia; Antidepressivos/uso terapêutico; Adaptação psicológica; Relações mãe-filho; Saúde da mulher
Abstract
In the past 20 years, there has been increasing recognition that for some women, pregnancy may be burdened with mood problems, in particular depression, that may impact both mother and child. With identification of risk factors for postpartum depression and a growing knowledge about a biologic vulnerability for mood change following delivery, research has accumulated on attempts to prevent postpartum depression using various psychosocial,