Depressão Pós Parto
No Brasil, a depressão é considerada um sério problema de saúde pública, atingindo de 2 a 5% da população em geral, havendo predomínio do sexo feminino, geralmente precedida por eventos marcantes durante a vida, como a gestação, o parto e o período pós-parto (RUSCHI, et al., 2007).
Cerca de 1/5 das mulheres no período gestacional e no puerpério apresentam algum tipo de transtorno mental. É verificado que um dos maiores desafios consiste na insuficiência de diagnósticos precisos ou diagnósticos tardios, havendo assim muitas vezes o ???? na avaliação da saúde no puerpério, a saúde da criança (PEREIRA;LOVISI, 2007).
A imagem idealizada e o papel da boa mãe é ditada pela cultura e para assumi-lo, desde a infância as meninas são constantemente treinadas. Porém, na ocasião do nascimento de um filho, a maioria das mulheres experimenta sentimentos contraditórios e inconciliáveis com o que é imposto socialmente e culturalmente. Tal conflito, entre o esperado e o vivenciado pode desencadear um sofrimento psíquico que pode se configurar como uma base para a depressão após o parto (AZEVEDO; ARRAIS, 2006).
Embora não completamente conhecida, a Depressão Pós-Parto (DPP) tem etiologia multifatorial. Aspectos socioeconômicos, presença de transtornos psiquiátricos anteriores à gestação e pré-disposição genética são considerados alguns dos possíveis fatores que podem atuar na contribuição para o surgimento da DPP. Sua incidência é variável, estando entre 10 e 15% (SILVA; BOTTI, 2005; FIGUEIRA et al, 2009).
O quadro de depressão pós-parto é pouco identificado pelos profissionais de saúde e, intervenções