Depressao

1) Atualmente estou com 11 pacientes em atendimento. Atualmente, estão em processo de evolução e, aparentemente mais distanciados de um quadro patológico. No entanto, 1 paciente apresenta instabilidade, deprimindo ocasionalmente; e 4, quando começaram os atendimentos, demonstravam um possível diagnóstico de depressão em diferentes níveis (leve, moderado e grave) ou no limiar do diagnóstico. Demonstraram uma grande melhora com o acompanhamento psicoterapêutico. Com esses 4 casos, não houve uma preocupação, porém, em formalizar esse diagnóstico, visto que não seria útil ao processo terapêutico e nem houve qualquer demanda burocrática ou psiquiátrica para tal.

2) Como atendo sob um ponto-de-vista existencial, é difícil falar em causas, pois elas podem ter um caráter bastante subjetivo. De qualquer forma, acredito que a depressão aparece como uma postura diante do mundo e do outro. Enquanto outras pessoas apresentam diferentes respostas à realidade que se mostra a elas, o deprimido parece desistir de reagir ou se cansar de tentar viver de uma maneira que não tem lhe proporcionado prazeres e realizações. Isso pode ser devido a uma baixa autoestima, na qual a pessoa se julga inadequada à vida ou a uma falta de esperança na humanidade ao constatar as injustiças e barbáries sociais que vemos todos os dias.

3) Como disse anteriormente, nem sempre há necessidade de um diagnóstico formal. Costumo fazê-la segundo os critérios oficiais e uso do CID apenas quando há necessidade de justificativa ao plano de saúde ou a uma situação necessária (jurídica ou trabalhista, por exemplo). No entanto, é fundamental que o profissional tenha ciência e competência para lidar com as situações que se lhe apresentam. Na maioria das vezes, os quadros se apresentam em maior severidade e, com o passar do processo terapêutico, vão evoluindo para uma melhora do quadro. O quadro que me referi como instável é de uma pessoa que é medicada e já passou por várias internações. Dos outros, alguns