DEPRESS O NA INF NCIA E ADOLESC NCIA
O conceito “depressão” vem sendo estudado por vários autores e com o decorrer do tempo foi sendo classificado de diversas formas. Contudo, essa doença é pouco conhecida quando se trata de crianças e adolescentes. Seus sintomas não são percebidos com facilidade pelos pais e/ou familiares. Dependendo da fase de desenvolvimento da criança e do adolescente, a depressão pode se expressar de forma variada. Os bebês podem apresentar, entre os vários sintomas, expressão facial triste e alterações do apetite e do sono; os pré-escolares podem ter disforia, apatia e isolamento social; os escolares, queixas somáticas e humor depressivo; já os adolescentes podem apresentar pensamento de cunho depressivo, sentimento de inferioridade e de inutilidade, e queda do desempenho escolar, entre as várias manifestações da doença. A depressão é uma doença grave e pode levar a isolamento, baixo rendimento escolar, uso de drogas como tentativa de se sentir melhor e baixa autoestima ou lentificação. Por estar em desenvolvimento, a criança e/ou o adolescente não têm capacidade para compreender o que lhes acontece internamente.
Estudos demonstram que cerca de 22% das crianças e 15% dos adolescentes sofrem de depressão. O quadro de depressão na infância e na adolescência pode prognosticar episódio de depressão maior na idade adulta, o que reforça a necessidade de se fazer o diagnóstico e de dar início ao tratamento o mais breve possível.
Palavras-chave: depressão, crianças, adolescentes.
DEPRESSÃO
O primeiro relato sobre transtornos patológicos do humor aparece na Bíblia, no livro de Job (1500 a.C.).
Contudo, as primeiras referências clínicas e doutrinárias encontram-se nos escritos de Hipócrates (460-370a.C.). O maior mérito da formulação de Hipócrates deve se ao fato de atribuir uma origem natural à melancolia (ação da bílis negra), ideia que perdurou por longo tempo(1).
Muitos estudiosos, como Aretaeus (início do século I a.C.),