Dependencia e desenvolvimento

NACIONALlZACAO

DO MERCADO

125 seadaem urn mercado urbano restringido, mas suficientemente importante, em termos da renda gerada, para permitir uma "industria moderna". Evidentemente, esse tipo de industrializa~ao vai intensificar 0 padrao de sistema social excludente que caracteriza 0 capitaIismo nas economias perifericas, mas nem por isso deixara d~ converter-se em uma possibilidade de desenvolvimento, ou seja, urn desenvolvimento em termos de . acumula~ao e transforma~ao da estrutura produtiva para niveis de complexidade crescente.7 Esta e simplesmente a forma quo o capitalismo industrial adota no contexto de uma situa~ao d(l dependencia. Esse processo segue urn curso "normal", isto e, compatlv(,1 com a rela~ao de. for~as das classes sociais em luta, attS () perlodo chamado de "auge da substitui~ao facil de imporlll~6es"; a partir desse momento, quando com~a a percebcr-1w uma perda de velocidade na dinamica do processo substil\I tivo, ficarn evidenciados os problemas mais complexos, antt'H postergados pela euforia desenvolvimentista, que suscita a crill ~ao dos setores tecnol6gica e economicamente roais signi£iell. tivos da industria de bens intermediarios e de bens de capltul. Nao s6 faz falta urn reagrupamento interno das organi7.ll~l'ItlN produtivas, e que se intensifiquem os vinculos de· assochll.'l\u entre as empresas nacionais e grupos monopolistas estranglllfllN. mas tambem devem ser considerados os setores sociais quo "au se inserem dentro desse novo esquema e pressionam com fnrVIt crescente: protestam os setores industriais das prhnf'lr•• etapas substitutivas, marginalizados; os setores urbano-pollII lares tratam por seu lado de reviver uma politica de deNtlllvl •• vimentismo estatal como defesa contra as grandes unld"ll••• produtivas privadas que se orientam para a obten~ao eln "IIlMI, produtividade e menos mao-de-obra" etc. Desfaz-so. pul., II definitivamente, a antiga alian~a desenvolvimentista. De fato, a partir desse momento, no cerne mesmu